Usuários na praça ao lado da Estação Júlio Prestes depois da "Operação Sufoco" que pretende reprimir o tráfico e o uso de drogas na região da Cracolândia, São Paulo (Eduardo Anizelli/Folhapress)
Em São Paulo, até mesmo um piscinão já se tornou uma minicracolândia. Na altura do número 1.100 da Avenida General Penha Brasil, no Jardim Peri, na zona norte, o reservatório do Guaraú chega a reunir 20 usuários da droga ao mesmo tempo, segundo os vizinhos. Eles consomem as pedras a qualquer hora do dia, sem repressão. Os moradores relatam um cenário de insegurança e desconforto, que já alterou a rotina do bairro.Para impedir a entrada dos dependentes, foi colocado um tubo de concreto em um vão entre as grades. A medida não foi suficiente para evitar que os usuários de crack invadissem o terreno e o local serve de referencial para quem pretende chegar à droga. Com entulho e sofás velhos usados como "escada", até mesmo mulheres grávidas, segundo os vizinhos, pulam facilmente a cerca para fumar crack.
Como não há fiscalização, os usuários permanecem pelo tempo que quiserem no terreno. Há relato de dependente que já chegou a viver por uma semana no reservatório. Dentro do piscinão, o dependente químico consome a droga com relativa tranquilidade, o que tira o sossego dos vizinhos.
A preocupação de quem vive perto do local é constante. "Há casos de mulheres que saem para trabalhar no fim da madrugada e acabam assaltadas por eles nos pontos de ônibus. Também roubam as roupas dos varais, sapatos, botijões de gás e material de construção. Tudo para transformar em pedra", afirma o comerciante Vagner, de 35 anos, que trabalha na avenida há 10 e não quis revelar o sobrenome.
A dona de casa Sueli Maria, de 42 anos, não aguenta mais o barulho dos viciados onde mora. Segundo ela, o problema piora durante a madrugada. "Incomoda bastante. Eles brigam, gritam, fazem sexo. O cheiro da droga é muito forte, ninguém tem sossego", conta.
(Com Agência Estado)
Fonte da notícia: Veja Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja também um agente vigilante da Serra da Cantareira.DENUNCIE MAUS TRATOS CONTRA A NATUREZA