Oposição deve encaminhar um requerimento à Comissão de Finanças da Câmara pedindo que o caso seja apurado
Por Igor Carvalho
Em ano eleitoral, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), nomeou para o conselho de empresas municipais seus aliados políticos. A maioria pertence ao PSDB e, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo de hoje (12), “vários nomes são da ala serrista do partido”. Os gastos, para financiar os aliados de Kassab, são de R$ 2,3 milhões aos cofres públicos. Cada conselheiro recebe R$ 6 mil por uma reunião mensal de duas horas.
Kassab contraria uma promessa feita por ele mesmo, após o aumento de 250% nos vencimentos dos secretários, de parar de pagar comissões dos conselhos para eles. Três secretários seguem recebendo o benefício das empresas estatais, além do próprio salário: Marcelo Branco (Transporte), Mauro Ricardo (Finanças) e Miguel Bucalem (Desenvolvimento Urbano). Para o vereador Antonio Donato (PT), “isso não deveria ocorrer, a própria lei do aumento desautoriza o pagamento de jetons.”
O vereador ressaltou a precarização dos serviços públicos em prol da politização dos cargos. “Esses conselhos não são usados para fortalecer o município, mas sim para os esquemas do governo, é o aparelhamento do Estado em prol de interesses partidários”, comentou. Dos 57 conselheiros, 29 são filiados a partidos da base de apoio de Kassab ou estarão na aliança amarrada pelo prefeito para a disputa municipal deste ano. Enquanto PSDB e PSD lideram, com onze e nove nomeações respectivamente, o PMDB ficou com três, o PPS conta com dois conselheiros, mesmo número do PV, enquanto DEM e PSC ficaram com apenas um. Segundo Donato, a oposição deve encaminhar um requerimento à Comissão de Finanças pedindo que o caso seja apurado.
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