Ministério Público denuncia representantes de construtoras por fraude em licitação da Linha 5 - Lilás

publicado em 23/03/2012 às 17h28:
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Elas são suspeitas de fazer divisão dos lotes em rodízio e fixar preço
Do R7

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O Ministério Público denunciou os representantes das empresas suspeitas de fraudar a licitação das obras da linha 5- Lilás do Metrô. A denúncia criminal foi feita nesta quarta-feira (21) pelo promotor Marcelo Batlouni Mendroni e aponta que as empreiteiras fizeram acordos para fixar preços, formando um cartel.

A fraude teria acontecido durante a licitação da segunda fase da obra, que foi dividida em oito lotes e tem custo estimado de R$ 8 bilhões. Segundo a denúncia, as empresas teriam realizado uma divisão dos lotes em rodízio que funcionou conforme um acordo pré-estabelecido, cobrando valores maiores pelo serviço.

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Eles podem responder por crime contra a ordem econômica e crime contra a administração pública. O Metrô afirmou que não vai se pronunciar sobre o caso, porque não é citado na denúncia do MP.

Suspensão

Em novembro de 2011, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti determinou a suspensão das obras e o afastamento do presidente do Metrô Sérgio Avelleda, com base em uma denúncia de que as empresas responsáveis por dois lotes das obras seriam conhecidas antes mesmo da abertura dos envelopes da licitação.

A decisão de retorno das obras foi dada pelo desembargador José Roberto Bedran, que afirmou que a não-conclusão da obra, além de implicar num prejuízo de mais de R$ 85 milhões aos cofres públicos, poderia ser prejudicial ao programa de desafogamento do trânsito.

A expansão total da Linha 5 terá 11,5 km de extensão e 11 estações. A previsão é de que ela passe a atender uma demanda diária superior a 600 mil usuários. Atualmente, a Linha 5 tem 8,4 km de extensão operacional e transporta diariamente 205 mil pessoas.

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