Ana Flávia Oliveira
do Agora
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A nova iluminação azulada mudou a cara de alguns dos túneis de São Paulo, mas o lixo, as infiltrações e as calçadas quebradas seguem presentes em muitos desses locais.
O túnel da ligação leste-oeste, sob a praça Roosevelt (região central), é abrigo para drogados e moradores de rua.
Colocadas recentemente, as luzes azuis deram novo visual à paisagem, mas não esconderam a sujeira no teto e pichações nas paredes.
O túnel tem um forte cheiro de urina e lixo por toda extensão.
No túnel Anhangabaú, também no centro, os pedestres precisam fazer malabarismos para andar.
A calçada próxima ao ponto de ônibus tem buracos, e as escadas, que ligam a passagem à praça, estão quebradas.
A aposentada Margarida Lucasack, 75 anos, caiu ao descer do coletivo.
"Já é a segunda vez que tropeço naquele buraco", diz ela. Margarida machucou o joelho e subiu a escadaria chorando.
No local ainda faltam extintores e a passagem para pedestres têm lâmpadas quebradas.
Resposta
A Prefeitura de São Paulo diz que faz manutenção constante nos túneis da cidade, porém os locais costumam ser alvos de vandalismo.
A Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) diz que todos os túneis da cidade recebem lavagem e varrição duas vezes por mês.
Em relação às infiltrações constatadas na maioria dos túneis, a prefeitura informou que a água é normal pela presença de água no solo.
"São necessárias intervenções apenas quando detectados danos na estrutura", disse o órgão.
Segundo a prefeitura, as lâmpadas queimadas no túnel da avenida Nove de Julho foram trocadas na semana passada.
O órgão disse também que neste ano, foram instalados 221 extintores nos túneis.
"Em casos de furto, a administração providencia a reposição."
Já a Secretaria de Assistência Social diz que são feitas intervenções diárias para promover o retorno dos moradores de rua à sociedade.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), por sua vez, informou que faz vistorias periódicas e providencia a manutenção das sinalizações de trânsito.
- Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta segunda, 3 de setembro, nas bancas
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