Como “A vida quer coragem”, ela pode ser a Presidenta que instalou os Direitos Humanos numa sub-democracia latino-americana.
- Publicado em 09/01/2012
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O ansioso blogueiro acabou de ler o indispensável “A vida quer é coragem – A trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil”, de Ricardo Batista Amaral, publicado pela editora Primeira Pessoa.
É a reconstituição da vida de Dilma Rousseff até chegar à Presidência.
Amaral situa o ambiente político em que a Presidenta se formou, cresceu, conquistou a confiança de Lula e se fez Presidenta.
O que há de excepcional, de singular nessa biografia ?
A tecnocrata eficiente, workaholic, implacável, a mulher dura entre “homens meigos – a mãe do PAC”.
A economista de sensibilidade política.
A política de visão social.
Mulher, a primeira mulher presidenta.
A leitura de “A vida quer é coragem” leva a uma conclusão inevitável: Dilma vai entrar para a História do Brasil como a guerrilheira torturada, corajosa, desafiadora, altiva, que chegou à Presidencia.
Entrar para a História com a política de inclusão social, que o Brasil sem Miséria encarna, não basta.
Esse é o território do Nunca Dantes.
Ele é o pai da Classe C.
Pilotar a crise econômica mundial e impedir que chegue ao Brasil é um esforço passageiro: a crise perdeu a força de desorganizar o Brasil – apesar dos notáveis esforços da Urubóloga.
Educação, Ciência sem Fronteiras, Saúde, UPAs, Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos, a infra-estrutura, portos, ferrovias, estradas, chegar ao Pacífico, faxina.
Não será essa a marca da Presidenta naquele livro em que o Fernando Henrique se depositará numa nota de pé de página, como Dutra – isso, se a CPI da Privataria pegar leve.
Naquele livro, em que Vargas e Lula estarão na capa, Dilma entrará com aquela foto em preto e branco.
Em 1970, na Primeira Auditoria Militar, no Rio, aos 22 anos, ela denunciou os torturadores e os oficiais auditores esconderam o rosto do fotógrafo – e dela.
No livro de Amaral, o que sobressai é a narrativa minuciosa sobre a guerrilheira.
A guerrilheira que jamais se arrependeu do que fez.
E, no Senado, diante de um medíocre senador de oposição, expôs por que mentiu sob tortura: ela não entregou nenhum companheiro.
A torturadores se mente, ela ensinou.
(Nesse ponto do livro, o Gabeira tem a estatura moral de um desnorteado.)
A Presidenta não poderá evitar esse encontro com a Dilma de 22 anos.
O re-encontro com o torturadores.
Aqueles que, hoje, se escondem sob a toga da Lei da Anistia.
A “Lei” que a Corte de Direitos Humanos da OEA – que a Constituição brasileira reconhece – considerou uma ignomínia, um Crime contra a Humanidade.
Como “A vida quer coragem”, ela pode ser a Presidenta que instalou os Direitos Humanos numa sub-democracia latino-americana.
É a reconstituição da vida de Dilma Rousseff até chegar à Presidência.
Amaral situa o ambiente político em que a Presidenta se formou, cresceu, conquistou a confiança de Lula e se fez Presidenta.
O que há de excepcional, de singular nessa biografia ?
A tecnocrata eficiente, workaholic, implacável, a mulher dura entre “homens meigos – a mãe do PAC”.
A economista de sensibilidade política.
A política de visão social.
Mulher, a primeira mulher presidenta.
A leitura de “A vida quer é coragem” leva a uma conclusão inevitável: Dilma vai entrar para a História do Brasil como a guerrilheira torturada, corajosa, desafiadora, altiva, que chegou à Presidencia.
Entrar para a História com a política de inclusão social, que o Brasil sem Miséria encarna, não basta.
Esse é o território do Nunca Dantes.
Ele é o pai da Classe C.
Pilotar a crise econômica mundial e impedir que chegue ao Brasil é um esforço passageiro: a crise perdeu a força de desorganizar o Brasil – apesar dos notáveis esforços da Urubóloga.
Educação, Ciência sem Fronteiras, Saúde, UPAs, Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos, a infra-estrutura, portos, ferrovias, estradas, chegar ao Pacífico, faxina.
Não será essa a marca da Presidenta naquele livro em que o Fernando Henrique se depositará numa nota de pé de página, como Dutra – isso, se a CPI da Privataria pegar leve.
Naquele livro, em que Vargas e Lula estarão na capa, Dilma entrará com aquela foto em preto e branco.
Em 1970, na Primeira Auditoria Militar, no Rio, aos 22 anos, ela denunciou os torturadores e os oficiais auditores esconderam o rosto do fotógrafo – e dela.
No livro de Amaral, o que sobressai é a narrativa minuciosa sobre a guerrilheira.
A guerrilheira que jamais se arrependeu do que fez.
E, no Senado, diante de um medíocre senador de oposição, expôs por que mentiu sob tortura: ela não entregou nenhum companheiro.
A torturadores se mente, ela ensinou.
(Nesse ponto do livro, o Gabeira tem a estatura moral de um desnorteado.)
A Presidenta não poderá evitar esse encontro com a Dilma de 22 anos.
O re-encontro com o torturadores.
Aqueles que, hoje, se escondem sob a toga da Lei da Anistia.
A “Lei” que a Corte de Direitos Humanos da OEA – que a Constituição brasileira reconhece – considerou uma ignomínia, um Crime contra a Humanidade.
Como “A vida quer coragem”, ela pode ser a Presidenta que instalou os Direitos Humanos numa sub-democracia latino-americana.
Paulo Henrique Amorim
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