Um ano depois, Rodoanel traz mais caos ao trânsitoFoto: André Americo /Metro ABC
Do Metro cidades@eband.com.br
A solução para o trânsito de veículos pesados na capital se transformou em uma pedra no caminho do tráfego no ABC. O Trecho Sul do Rodoanel completa amanhã um ano de funcionamento e há reflexos negativos no fluxo de veículos em pelo menos quatro das setes cidades da região. Mauá não respondeu à reportagem.
A abertura da nova rota para o interior e litoral transformou o ABC em opção para fugir do tráfego da capital e acessar o Rodoanel. Em São Bernardo, a avenida Faria Lima foi a via que mais sentiu os reflexos da nova rodovia. De acordo com a Secretaria de Transportes e Vias Públicas da cidade, o fluxo de veículos no sentido bairro aumento 39%.
Isto porque é este fluxo que dá acesso ao quilômetro 23 da via Anchieta sentido Santos, próximo à alça de acesso ao Rodoanel. Para o consultor da Secretaria, Ronaldo Tonobohn, o trânsito na cidade deve melhor apenas depois da conclusão do Trecho Leste. “Além disso, este cenário deve sofrer novas alterações com o início da cobrança de pedágio nos próximos meses. O Rodoanel passará a perder atratividade para o usuário”.
Santo André sentiu os reflexos do Trecho Sul em sua área central. O DST (Departamento de Segurança de Trânsito) afirma que a inauguração da rodovia interferiu em mais veículos na avenida Edson Danillo Dotto, conhecida como Perimetral, e no viaduto Adib Chammas, que liga o Centro à avenida dos Estados.
Vias mais próximas ao acesso de Mauá ao Rodoanel, como as avenidas Valentim Magalhães, Giovanni Battista Pirelli e Santos Dumont, também entram na lista de congestionadas. “O fato de não ter sido feita nenhuma ligação para acesso ao Rodoanel com a avenida dos Estados tem gerado aumento de fluxos, com o uso dessas vias como rotas alternativas”, afirma em nota a administração andreense. Diadema registrou mais veículos no bairro Eldorado e na região central, em avenidas como Piraporinha, Prestes Maia e o corredor ABD.
Buraco
A obra terminou há 12 meses, mas os buracos causados pelo fluxo de caminhões que trabalharam na construção da rodovia continuam abertos. A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) afirma que haverá intervenções em 52 ruas do ABC. Mas recapear as vias
ainda depende de convênio com as prefeituras. Já o plantio de árvores como compensação pelo trecho de mata Atlântica devastada está 95% pronto, de acordo com a empresa. As 2,5 milhões de mudas de espécies nativas foram plantadas no entorno do Rodoanel e em áreas de manancial.
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